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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Técnicas de desenho

Técnicas de desenho

Desenho a carvão. São raros os desenhos a carvão anteriores a 1500, de vez que o carvão esmaece com rapidez, e métodos de fixação somente foram postos em prática após aquela data. Com o carvão, é possível tanto traçar linhas quanto executar sombras. Se calcado com força, produz um traço negro intenso; se de leve, um cinza que variará de tonalidade, segundo a habilidade e a técnica do desenhista. Dürer, na Renascença, e Ernst Barlach, em princípios do século XX, estão entre os mais importantes artistas que fizeram uso do carvão como material de desenho.

Desenho a giz. Executado com giz preto, ou vermelho, sobre papel, papelão etc., essa forma de desenho surgiu na Itália e na Alemanha no século XV. Leonardo da Vinci, Michelangelo e muitos outros grandes mestres deixaram desenhos a giz.

Aguada. Após a introdução da pintura chinesa na Europa, em pleno período barroco, o desenho a aguada conheceu grande voga. É feito com tinta, mediante o emprego de pena e pincel, sobre um suporte de papel. Poussin e outros artistas célebres empregaram tal método.

Aquarela. A técnica da aquarela assemelha-se mais à pintura que ao desenho. Todavia, a aquarela possui a mesma espontaneidade do desenho, pois não oferece nenhuma possibilidade de retoque. Emprega um pigmento em pó misturado com goma arábica e diluído em água. Aplica-se em papel com pincéis macios. A técnica já era conhecida entre os egípcios, no século II da era cristã, mas só se desenvolveu a partir do século XV, e sobretudo a partir de Dürer. Com a aquarela obtêm-se belas transparências de luz e cor, motivo pelo qual é muito apreciada pelos paisagistas.

Pastel. Feito com auxílio de giz artificial que desliza sobre um suporte de papel, cartão etc., o pastel aproxima-se do desenho a giz vermelho. Os pastéis mais antigos remontam ao século XV, mas só no século XVIII atingiu seu máximo desenvolvimento.

Ponta de metal. Uma das técnicas mais antigas, a ponta de metal é precursora do desenho a lápis. Consiste na utilização de estiletes com ponta de prata, ouro ou chumbo, que deixam um traço cinza ou dourado na superfície do papel revestido com uma solução aquosa de pó de osso, goma arábica e, eventualmente, corante. A ponta de metal sulca a camada de revestimento, inscrevendo-se na folha, não permitindo raspagem ou retoque. É um desenho muito delicado, especialmente a ponta de prata, que deixa um traço cinza-claro que escurece com o tempo. Foi usada por Pisanello, Rafael, Leonardo, Holbein e Dürer.

Desenho a lápis. Empregado freqüentemente como um estudo preliminar de uma pintura, o desenho a lápis pode ser feito com lápis natural ou artificial. Natural é o lápis preto da Espanha ou da Itália, o lápis de chumbo dos desenhos arquitetônicos antigos, o lápis vermelho holandês (óxido de ferro). O lápis artificial, de grafita, foi criado pelo mecânico e químico francês Nicolas-Jacques Conté, em 1795. Embora o lápis de grafita já existisse na Inglaterra, na Bélgica e na Espanha desde 1600, foi Conté o inventor do processo de manufaturar lápis de diferentes durezas, adicionando argila à grafita em estado viscoso.

Desenho a pena. A pena de pato, a de junco ou a de aço, embebida em tinta, e a partir do século XVIII em sépia, produz sobre um papel forte, absorvente e liso o chamado desenho a pena, ou bico-de-pena. A pena foi desde a antiguidade um instrumento favorito de escrita. Seu uso como utensílio de desenho remonta à alta Idade Média. Artistas como Rembrandt utilizaram a pena de junco, que só se popularizou no século XVII. Própria para os desenhos rápidos, a pena exige o uso da tinta, solução aquosa colorida cujos tipos mais comuns são o nanquim, a sépia e o bistre, além das tintas modernas que não esmaecem com o tempo.



2 comentários:

Deborah Friedrich disse...

Olá Lis, obrigada por sua visita. Seus trabalhos são lindos! Parabéns! Meu filho Maxy de 10 anos é apaixonado por desenhar - o sonho dele é trabalhar com comics! Rs!
Querida, a pintura no centrinho emborrachado não foi de minha autoria - que fez foi uma amiga, a Cris. Ela pinta muito bem! Eu apenas fiz o barrado de crochê! Grande abraço e ótimo fim de semana! Beijos.

Dimarinha disse...

Olá... vim retribuir a sua visita/comentário no meu blog e tbém agradecer o seu comentário. Volte mais vezes, ok.
Bjus. Edmara.
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